Veja quatro peças-chave para aderir a essa tendência

Por: Glauco Sabino

Cigarrete: sapatilhas, lenços e camisas combinam bem com calças curtas. Para um visual navy (sempre clássico), as blusas listradas de modelagem solta e gola careca garantem o sucesso do look. Para driblar os dias mais frios, use uma meia da mesma cor da calça. Fique de olho, a combinação monocromática alonga a silhueta.

Comprimento mini: minissaias e curtos também podem ser democráticos. A regrinha para não cair na vulgaridade é cuidar para que a barra não fique a mais de três dedos de distância dos joelhos. No inverno, uma meia-calça protege das baixas temperaturas.

Vestidos e casacos de silhueta A: esse tipo de modelagem é boa para quem quer disfarçar os quilinhos a mais, pois não marca nenhuma parte do corpo. Para potencializar este resultado, aposte em complementos da mesma cor. Os acessórios (sapatos e bolsas) podem ser de tamanho médio, como no desfile da Prada (acima).

Botas de cano alto: na passarela de Alberta Ferreti, as botas têm cano tão longo que quase se misturam aos vestidos curtos. O que pode ser um bom truque de estilo para quem quer manter a silhueta longilínea. Elas são naturalmente sexy e, se você quiser fugir disso, o ideal é combiná-las a saias e vestidos de barras larguinhas.

POR QUE O SESSENTINHA VOLTOU?

Para o editor e especialista em história da moda Lula Rodrigues, este retorno está ligado ao momento em que vivemos. “Assim como naquela época, hoje passamos por um período de intensas transformações. O homem na Lua deu espaço às preocupações com o aquecimento global, por exemplo. Se Yves Saint Laurent revolucionou o cenário criativo com o prêt-à-porter, hoje isso fica por conta do fast fashion. E no lugar da revolução sexual, temos a revolução da informação”, afirma.

Para ele, os dois períodos têm em comum a ideia de velocidade. “A corrida espacial e a moda futurista criaram a sensação de que tudo era fast, fast, fast... Atualmente também vivemos essa corrida. Além do mais, tudo já foi feito. Precisamos dessas releituras para manter a roda girando”, diz.